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A Divisão, série produzida pelo AfroReggae, ganha data de estreia no Globoplay

Trama se passa no Rio de Janeiro

Foto de A Divisão
Camila Sousa/05.07.2019                                                                                                                                             

O Globoplay anunciou que A Divisão, série produzida pelo AfroReggae Audiovisual em parceria com o Multishow e a Hungry Man, estreia em 19 de julho na plataforma.

A trama retrata os bastidores de uma força tarefa que se uniu, nos anos 1990, para acabar com a onda de sequestros que aterrorizava o Rio de Janeiro. A série foi criada por José Júnior e o elenco tem nomes como Silvio Guindane, Erom Cordeiro, Marcos Palmeira, Dalton Vigh, Natalia Lage e Vanessa Gerbelli.

Vicente Amorim é o diretor geral e Rodrigo Monte é o diretor.

Aruanas | “Essa é a personagem mais madura que já recebi”, diz Taís Araújo

Entrevistamos o elenco da nova série do Globoplay

Foto de Aruanas
Camila Sousa/03.07.2019                                                                                                                                       

Conflitos ambientais, desmatamento e exploração sexual infantil são alguns dos temas delicados tratados em Aruanas, nova série original do Globoplay. E tudo isso é mostrado através das protagonistas interpretadas por Taís Araújo, Débora Falabella, Leandra Leal e Thainá Duarte. Mas além do lado ativista das personagens, o seriado também explora suas relações pessoais. 

Clara (Duarte), por exemplo, trás o tema de relacionamentos abusivos. “A Clara deixa a sua cidade natal e vai para São Paulo trabalhar na Aruana porque ela admira muito essas três ativistas e porque ela estava em um relacionamento abusivo com um namorado violento. Ela chega em São Paulo e vai descobrindo várias coisas, depois vai para Manaus e esse cara a segue até lá”, revela a atriz, em entrevista ao Omelete em São Paulo.

Apesar disso, Duarte ressalta que Clara passa a enxergar o mundo com novos olhos após ter contato com as ativistas da ONG Aruana e não deixa que tal situação a defina: “Mesmo com essa questão tão difícil, que foi o motivo para ela sair da cidade natal, a Clara cresce por outros motivos. Ela não depende desse namorado para crescer e ter forças”.

Outra personagem complexa é Verônica (Araújo), advogada envolvida com as causas da organização. Sempre muito séria, ela obedece às leis e frequentemente repreende suas colegas quando elas agem impulsivamente. Mas toda essa seriedade é uma oposição à sua vida pessoal, em que Verônica trai a confiança de uma de suas melhores amigas.

“O que mais me interessou na personagem Verônica foi justamente a complexidade dela. Eu nunca tinha feito uma personagem tão complexa e com uma humanidade falha. Eu sofri muito com ela e critiquei muito. Até que chegou um momento em que eu pensei: ela é humana e a gente erra mesmo, o que é contraditório e enriquecedor. Ela é uma mulher muito ética e direta no trabalho, mas comete um vacilo desse na vida pessoal, sabendo que é um vacilo. Essa é a personagem mais madura que eu já recebi até hoje”, diz Araújo ao Omelete

Interpretada por Falabella, Natalie é jornalista e apresentadora de um programa de televisão e por isso consegue dar mais visibilidade aos problemas ambientais. Já na vida pessoal, ela perdeu uma filha em uma gravidez avançada e vive uma crise no casamento com Amir (Rômulo Braga). Completando o time está Luiza (Leal), que faz seu ativismo através do confronto, muitas vezes se colocando em situações de risco. Na vida pessoal, ela tem problemas na criação do filho Yan e luta pela guarda dele com o ex-marido Gilberto (Samuel Assis).

Com conflitos pessoais tão complexos unidos ao dia a dia do ativismo, Aruanas é uma produção multifacetada, como define Taís Araújo: “É isso, é uma série em que tudo é muito à flor da pele. A vida de um ativista é sempre à flor da pele, sempre no limite, porque sempre pode dar uma m**** muito grande”.

Os 10 episódios da primeira temporada de Aruanas estão disponíveis no Globoplay.

Aruanas | Nova série original Globoplay ganha trailer completo

Confira com exclusividade

Camila Sousa/omelete/17.06.2019                                                                                                                                 

O Globoplay divulgou com exclusividade para o Omelete o trailer completo de Aruanas, série estrelada por Leandra LealDebora Falabella e Taís Araújo. Confira acima.

A trama acompanha Luiza (Leal), Natalie (Falabella) e Verônica (Araújo), fundadoras de uma ONG de defesa do meio ambiente, e a estagiária Clara (Thainá Duarte) na investigação de uma denúncia anônima, crimes e uma série de evidências que ligam uma poderosa mineradora a garimpos ilegais na Amazônia.

Com 10 episódios, a série tem parceria técnica com o Greenpeace e será lançada em 2 de julho. 

Shippados fala com humor sobre relacionamentos na era de aplicativos

Série com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch estreia nesta sexta (7)

Foto de Shippados
Camila Sousa/omelete/06.06.2019                                                                                                                                            

95% de compatibilidade, distância de alguns metros, costumes parecidos: esses são termos conhecidos por quem utiliza aplicativos de relacionamento. Tais relações são o foco de Shippados, nova série do Globoplay estrelada por Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch. Na trama, os dois jovens pouco convencionais colecionam frustrações amorosas até que finalmente se encontram e tentam fazer dar certo.

O humor é o foco de Shippados, mas é curioso como as relações amorosas são mostradas. A primeira cena de Rita (Werneck), por exemplo, mostra a jovem cantando enquanto se prepara para um encontro, deixando claro que ela é romântica, apesar de tudo. Já Enzo é ansioso em seus encontros e tem medo de deixar que a outra pessoa veja seus “defeitos”. Shippados retrata muito bem essa sensação de “inadequação” que está presente na vida de muitos jovens.

Tal sentimento também fica claro na relação de Rita com sua mãe. Traumatizada com o abandono do pai ainda na infância, a protagonista sente várias vezes que “não se encaixa” no mundo atual pelos comentários da matriarca, que sempre critica suas roupas e diz que ela precisa usar um salto. Claro, tudo isso é retratado com humor por Shippados, mas fica claro que a série quer falar de todas essas inseguranças que fazem parte da nova geração.

A forma que a série usa para fazer isso também chama a atenção, porque espelha a forma como as pessoas lidam com isso na vida real. Mesmo após situações tristes e humilhantes na busca pelo amor, Rita e Enzo continuam mantendo a esperança de algo melhor e usam o próprio humor para lidar com as desilusões. Eles brincam com os incômodos e preferem falar das inseguranças como se elas não tivessem importância, embora os temas sejam importantes para cada um.

Shippados é uma série simples e tudo bem. O objetivo da atração não é reinventar a forma de contar uma história de amor, mas sim pegar conceitos conhecidos de tal narrativa e mostrá-los pela ótica de um casal moderno e simpático, vivido por dois dos maiores talentos da comédia dos últimos anos. É difícil prever se a série será um grande sucesso ou apenas um lançamento modesto no Globoplay. Seja qual for o caminho, o carisma de Werneck e Sterblitch valem a maratona. A série estreia nesta sexta, dia 7, direto no serviço de streaming.

Shippados | Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch se conhecem em nova prévia

Série estreia no dia 7 de junho

Camila Sousa/omelete/03.06.2019                                                                                                                              

O Globoplay divulgou um novo teaser de Shippados, nova série com Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch. Confira acima.

Na trama, Werneck e Sterblitch são Rita e Enzo, dois jovens adultos com uma extensa lista de frustrações amorosas que se conhecem durante um date que deu ruim. Com ironia e bom humor, a série mostra como um casal “bugado”, cheio de dúvidas e com dificuldades de se enquadrar, encara um mundo de realidades distorcidas, adequadas ao padrão virtual.

Shippados estreia no dia 7 de junho só para assinantes Globoplay.

Cine Holliúdy | Série surge polida e lúdica na tela da Globo

Trama é baseada no filme homônimo de Halder Gomes

Foto de Cine Holliúdy
Henrique Haddefinir/omelete/29.05.2019                                                                                                                                

Antes de ser parte da atual programação da TV Globo, o cinema fantástico de Francisgleydisson (Edmilson Filho) tinha passado pela experiência de ser curta metragem e depois, longa. Em 2012, a parte um do Cine Holliúdy se tornou – inesperadamente – uma das maiores bilheterias do Ceará, estado onde também se passa a história, com sua linguagem forte, marcada por uma musicalidade própria e muitas expressões regionalistas (tanto a ponto do filme ter sido exibido com legendas). Nesse ano de 2019, a parte dois do filme estreou também nos cinemas cearenses e conseguiu um feito único: levou mais pessoas às salas de cinema que Capitã Marvel.

A mágica tem uma explicação óbvia: a criação de Halder Gomes se comunica diretamente com o cidadão cearense, usando como base para sua conquista algumas boas doses de lúdico que provocam catarse imediata e captam imediatamente a audiência. Francisgleydisson é um apaixonado pelo cinema como todos nós somos e sua luta para manter viva a mágica dessa arte passa por uma comédia física, exagerada, caricata mesmo, honrando os códigos que fazem do cinema mundial uma imensa rede de tipos com os quais qualquer um pode se identificar.

Era de se esperar, então, que a ideia de uma série de TV fosse servir para estender a vida do protagonista em pauta. Era uma ironia entregue em delivery: uma história sobre lutar contra o poderio da TV se tornaria, enfim, televisiva. Isso, entretanto, não intimida a história que veremos, já que é ainda a batalha contra o entretenimento fácil, acessível sem sair de casa, que permeia os 10 episódios do primeiro ano da série. Na TV, Francis vai brigar para manter o cinema em primeiro plano de exploração. Tudo isso com muito humor, tiradas e pitadas de Guel Arraes, que inventou a identidade da comédia nordestina a ponto de criar uma paleta acessível para qualquer um que deseje uma pequena exploração.

A Caixa

Como em toda boa dramaturgia universal, Cine Holliúdy começa com chegadas. Situada nos anos 70 (dez anos antes dos eventos do filme), a trama encontra Francis administrando o único cinema da cidade de Pitombas. Tudo vai bem até que o prefeito Olegário (Matheus Natchtergaele) chega à cidade com sua nova esposa e enteada. Heloísa Périssé e Letícia Colin se incumbem de colorir as forasteiras, que são espelhadas uma na outra.Socorro quer se aproveitar do marido prefeito e Marylin nem mesmo queria estar ali. Mas, exige uma TV nova assim que chega ao tal do “fim do mundo”. O problema é que Pitombas não conhece essa tal de televisão e Francisgleydisson vai fazer tudo que puder para evitar que conheça.

A partir do momento em que começa o primeiro quadro, não dá mais para desviar os olhos da atração. Cine Holliúdy tem um texto rápido, com aquela inteligência calculada, que não aparece nos vocábulos e sim na descrição perfeita de como funcionam as engrenagens daqueles personagens tão particulares. Como era se esperar tudo é muito colorido, brilhante, quente, ligeiro. Assim como em O Auto da Compadecida, por exemplo, as cenas são ditas num ritmo acelerado, com câmeras que buscam os atores enquanto eles falam indo de um lado para o outro; e em poucos minutos de episódio, dão conta de todos os planos mirabolantes do protagonista. É uma fórmula realmente irresistível.

O elenco se esmera em ser crível e fantasioso ao mesmo tempo. Tal qual no mundo de Don Quixote, nada é o que parece ser para Francis e seu fiel escudeiro Munízio (Haroldo Guimarães), muito responsável, devemos dizer, pelo carisma das primeiras sequências da série. Edmilson já tem pleno domínio do personagem, mas além dele e de Haroldo, apenas Falcão surge do elenco do primeiro filme para reviver seu personagem na TV. Périssé, Colin, Natchtergaele são algumas das novas adições, assim como Belinha (Solange Teixeira), que também é responsável por fazer o time de coadjuvantes crescer e preencher aquele universo com muita competência.

A paixão por Marylin e a chegada da maldita da TV (instalada no meio da praça) começam a temporada inspirando o protagonista a competir criando seus próprios filmes. Segundo o próprio Edmilson, a cada semana um novo gênero será abordado e o cinema, na sua versão mais simplória e comovente, será retratado com um certo lirismo surpreendido. Cine Holliúdy tem o objetivo maior de divertir com honestidade o espectador disponível, mas no meio da sessão da película não será incomum ver alguém limpar envergonhado uma lágrima repentina. A série é toda uma celebração.

Escrita por Marcio Wilson e Claudio Paiva, baseada no longa-metragem homônimo escrito e dirigido por Halder Golmes, a série tem direção artística de Patricia Pedrosa e direção de Halder Gomes e Renata Porto D’Ave. No elenco ainda estão Gustavo Falcão, Solange Teixeira, Carri Costa e Frank Menezes, além das participações especiais de Ney Latorraca, Chico Diaz, Miguel Falabella, Ingrid Guimarães, Tonico Pereira, Bruno Garcia, Rafael Infante, Rafael Cortez, entre outros.

Os 10 episódios da primeira temporada já estão na Globoplay e a série estreou na TV em 7 de maio.

Amora Mautner, diretora de A Dona do Pedaço, revela inspiração em This is Us

Conhecido por usar muitas séries como referência, nova produção de Walcyr Carrasco busca o melodrama como norteador conceitual

Foto de A Dona do Pedaço
Henrique Haddefinir/omelete/29.05.2019                                                                                                                                     

Ao falar sobre a nova novela das 21h da Rede Globo, a diretora artística de A Dona do Pedaço é certeira: liga seu trabalho a uma fonte que se correlaciona perfeitamente com os folhetins brasileiros, o melodrama. Amora Mautner – que esteve pela última vez na direção de uma novela do horário em A Regra Do Jogo – entende o valor de uma história seriada bem contada e visualizada; ela está no ar com Assédio, uma produção milimétricamente calculada para fazer a obscuridade de um ato hediondo como o estupro, vazar atmosfericamente em cada cena. Mesmo em A Regra Do Jogo, o trabalho da diretora era pautado em transgressões no gênero novelístico, provocando um resultado que pode não ser alcançado audiências gigantescas, mas que agradaram muito ao público que curte séries de TV.

Walcyr Carrasco não fica atrás em sua jornada para referenciar produtos seriados em suas criações. Amor à Vida e O Outro lado do Paraíso pescavam um ou outro elemento que podia correlacionar suas obras com séries que iam de Grey’s Anatomy a Game Of Thrones, por mais incrível que isso pareça. As novelas são, por essência, narrativas que privilegiam história de amor, que vão a extremos e que ganham, inevitavelmente, os rótulos mais popularescos, afim de prover elogios e críticas na mesma medida. Conhecido também por simplificar suas estruturas textuais, Carrasco fez seu nome em cima do que existe de mais objetivo numa dramaturgia. A parceria com Mautner, então, vem muito a calhar, já que é através do olhar inquieto da diretora que a novela vai buscar uma fuga do lugar comum.

“Mergulhei fundo no melodrama”, diz a diretora em uma entrevista concedida ao Omelete antes do lançamento da novela. Douglas Sirk, cineasta clássico de um cinema que não tinha vergonha de ser puro romantismo, era o “Príncipe do Melodrama” e também é agora o “melhor amigo” da diretora nessa nova empreitada. A sinopse de A Dona do Pedaço dá conta de uma história de amor proibido entre Maria da Paz (Juliana Paes) e Amadeu (Marcos Palmeira), que são de famílias rivais. O “Romeu e Julieta” invocado fica pelo caminho ainda na primeira fase, quando Amadeu leva um tiro e Maria pensa que ele está morto. Fugida da própria terra, a protagonista chega em São Paulo e começa a vender bolos na rua, para sobreviver. Por trás da superação, o passado vai se interconectando numa rede de coincidências típicas das novelas. Mídia e diversidade sexual ainda são pontos importantes da nova produção.

Bolo de Pote

“Se Walcyr estivesse escrevendo nos EUA ele estaria escrevendo This is Us”, diz Mautner quando questionada sobre suas principais referências seriadas. O exemplo também é estratégico. Carregada de uma polidez textual e visual, This Is Us é uma “novela gourmetizada”, que privilegia os mesmos códigos melodramáticos do cinema vintage de Douglas Sirk: relações afetivas, obstáculos para o amor ou simplesmente o enfoque absoluto nele. O exagero de This is Us não está na forma e sim na opressiva capacidade de perseguir a comoção, que pode ser alcançada de maneira elegante por lá, mas que é parte do mesmíssimo objetivo por aqui. A diretora não tapa o sol com a peneira: “Vamos fazer o gênero: se tiver que fazer diálogo, vamos fazer diálogo, se tiver que fazer novela vamos fazer novela”. Essas são todas referências que buscam camadas que em alguns casos são imperceptíveis, mas essenciais para o dever artístico. “Assisti muito Hithcock”, diz ela; “mas não porque a novela tem suspense e sim porque queria uma decupagem em que a câmera se mexe, mas sem aparecer muito”.

A Dona do Pedaço usa códigos folhetinescos clássicos, que em sua sinopse evidenciam uma honestidade diante dos próprios objetivos. Uma história de amor impossível, uma história de superação, reencontros esperados, intrigas e armações. É como toda novela que se preza precisa ser. Porém, são os detalhes na hora de construir essa atmosfera – um pouco de Douglas Sirk aqui, um pouco de Hitchcock ali, uma pitada de Dan Fogelman acolá – que podem fazer a diferença no processo de catarse do espectador. Afinal de contas, o que é This is Us senão uma história fraternal simples, claramente afetada pelo amor e pela tristeza, que apenas usa o detalhe como apelo emocional devastador.

Globoplay terá American Horror Story, Modern Family e mais

Plataforma de streaming brasileira anuncia atrações nacionais e internacionais

Globoplay terá American Horror Story, Modern Family e mais
Natália Bridi/omelete/27.04.2019                                                                                                                      

Durante sua passagem pelo Rio2C, o Globoplay anunciou as novas atrações do seu catálogo em 2019, incluindo The Path, Manifest, The Village, American Horror Story, The Gifted, Modern Family, Will & Grace, The Night Shift, Halt and Catch Fire, Patrick Melrose, Picnic of Hanging Rock, Angel, Bull, The First, Homeland, The Vampire Diaries, Waco, Arquivo-X, M, a City Hunts a Murderer, Smallville e The Magicians.

Entre as produções nacionais estão as exclusivas Divisão, Eu, a Vó e a Boi, Aruanas, Shippados e Sessão de Terapia, sendo as três últimas ainda para o segundo semestre de 2019. “O fato de sermos uma plataforma de streaming nos permite ir além, trabalhando e experimentando vários segmentos. Podemos ter conteúdos mais ousados, modernos e diversos”, avalia João Mesquita, CEO do Globoplay.  

Malhação: Toda Forma de Amar promete seu primeiro protagonista gay

Estreia aconteceu ontem (16)

Foto de Malhação
Henrique Haddefinir/omelete/16.04.2019                                                                                                                                       

Em 1995 estreava na TV Globo a primeira temporada de Malhação, centrada na vida do jovem Hércules (Danton Melo), que ia trabalhar como uma espécie de faz-tudo na academia que dava nome ao enredo. Hércules era obcecado por cultura grega e tinha uma namorada que morava na Grécia e que ele nunca tinha visto pessoalmente. A chegada dele agita as coisas no lugar não só por seus modos desengonçados como também por sua anunciada virgindade.

De lá para cá foram impressionantes VINTE E SETE temporadas e muitas reformulações. A academia já não é uma realidade na série faz muito tempo, mas, por questões publicitárias, o nome Malhação continua como marca oficial. Nos últimos anos, subtítulos foram sendo acoplados ao conceito e o próximo ciclo, que começa hoje (16), tem o sugestivo título de Toda Forma de Amar.

O nome não deixa de ser um retorno às origens… Durante alguns anos, a canção de abertura da atração foi “Assim Caminha a Humanidade”, de Lulu Santos. Agora, Toda Forma de Amar invoca a frase que ficou popular também por causa de uma canção de Lulu. E isso não deixa de ser uma ousadia. A série, durante seu tempo no ar, sempre se preocupou em tocar em assuntos comuns à juventude brasileira, mas a promessa desse ciclo é uma abordagem mais direta que nunca.

Embora o título traga a expectativa sobre diversidade e retirada do lugar comum, o material promocional da nova Malhação não apresenta nada de novo. Estivemos no evento de lançamento e mesmo com uma empolgação notória por parte do elenco, o clipe de apresentação revelou uma história aparentemente quadrada, centrada em Rita (Alanis Guillen), uma mãe adolescente que descobre, durante a missa de sétimo dia de seu pai, que sua filha dada como morta, na verdade, está viva. A partir daí ela sai em busca da menina e descobre que ela já está sendo criada pelos personagens de Paloma Duarte e Joaquim Lopes, que tem um filho mais velho (Pedro Novaes) por quem a heroina se apaixonará.

Além disso, outros protagonistas serão conhecidos numa sequência que relembra um pouco dos argumentos seriados aos quais estamos acostumados. Uma situação violenta e inesperada une a trajetória da mãe adolescente à de outros jovens até então desconhecidos. Dentro de uma van, eles e mais três adolescentes – Jaqueline (Gabz), Guga (Pedro Alves) e Anjinha (Caroline Dallarosa) – presenciam a retirada truculenta de um rapaz do interior do veículo por homens armados. Diante do impasse entre contar ou não o que viram à polícia, eles criam um grupo em uma rede social – o Deu Ruim – e, a partir daí, se tornam grandes amigos, capazes de se apoiar mutuamente para lidar com os mais diversos problemas.

Sobre o prometido “primeiro protagonista gay” pouca coisa foi mostrada tanto no clipe promocional quanto nas informações divulgadas. Guga será um jovem de família rica e passará por problemas quando começar a questionar a própria sexualidade. Mas, a diversidade que a frase Toda Forma de Amar sugere se perde um pouco nas emissões folhetinescas clássicas vistas até aqui. Emanuel Jacobina, que também foi o autor da primeira versão da série, retorna ao comando da criação e espera-se que o desenvolvimento das tramas surpreenda o público. Lá na década de 90, quando a exploração desse tipo de diversidade narrativa ainda era rara, Malhação criou um arco em que Thierry Figueira pedia ajuda a Fernanda Rodrigues (a “musa” involuntária da canção “Malandragem”, na voz de Cássia Eller) para que ela fingisse ser sua namorada, já que ele não tinha coragem de admitir para o pai que era gay. As restrições eram óbvias, mas todo o arco foi extremamente sensível.

Malhação: Toda Força de Amar tem supervisão artística de Carlos Araujo e direção artística de Adriano Melo. Também estão no elenco Henri Castelli, Julio Machado, Gabriella Mustafá, Gabriel Santana, Ronald Sotto, Beatriz Damini, Giulia Bertolli, Roberto Bomtempo, Karine Teles, John Buckley, Tato Gabus Mendes, Olívia Araújo, Giovanna Rispoli, Roger Gobeth, Quitéria Kelly, Thiago Genini, João Pedro Oliveira, Caian Zattar, Rosanne Muholland, Hugo Moura, João Fernandes, Ana Miranda, entre outros.

Tá no Ar | Episódio final contará com funeral para o programa

Conclusão acontecerá em 9 de abril

Tá no Ar | Episódio final contará com funeral para o programa
Arthur Eloi/omelete/28.03.2019                                                                                                                                       

Tá no Ar, programa de Marcelo Adnet e Marcius Melhem, está chegando ao fim – e a dupla pretende se despedir com um funeral.

Segundo o colunista Flávio Ricco no UOL, a despedida não será sombria mas sim alegre, como uma festa, com toda a equipe do programa caminhando pelos estúdios da Globo. Além disso, haverá participação de Fátima Bernardes e uma reportagem de Pedro Bial“.

A conclusão de Tá no Ar será transmitida em 9 de abril.